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segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Religiões asiáticas

ISLAMISMO
Religião monoteísta baseada nos ensinamentos de Maomé (chamado O Profeta), contidos no livro sagrado islâmico, o Alcorão.
A palavra islã significa submeter-se e exprime a obediência à lei e à vontade de Alá (Allah, Deus em árabe). Seus seguidores são chamados muçulmanos - muslim, em árabe, aquele que se subordina a Deus. Fundado na região da atual Arábia Saudita, o islamismo é a segunda maior religião do mundo. Perde apenas para o cristianismo em número de adeptos. Seus fiéis se concentram, sobretudo, no norte da África e na Ásia.
O nome Maomé (570-632) é uma alteração hispânica de Muhammad, que significa digno de louvor. O Profeta nasce em Meca, numa família de mercadores. Começa sua pregação aos 40 anos, quando, segundo a tradição, tem uma visão do arcanjo Gabriel, que lhe revela a existência de um Deus único. Na época, as religiões da península Arábica são o cristianismo bizantino, o judaísmo e uma forma de politeísmo que venera vários deuses tribais. Maomé passa a pregar sua mensagem monoteísta e encontra grande oposição. Perseguido em Meca, é obrigado a emigrar para Medina, em 622. Esse fato, chamado Hégira, é o marco inicial do calendário muçulmano.
Em Medina, ele é reconhecido como profeta e legislador, assume a autoridade espiritual e temporal, vence a oposição judaica e estabelece a paz entre as tribos árabes. Quase dez anos depois, Maomé e seu exército ocupam Meca, sede da Caaba, a pedra sagrada de 15 m de altura que é mantida coberta por um tecido negro, já então um centro de peregrinação. Maomé morre no ano 632 como líder de uma religião em expansão e de um Estado árabe que começa a se organizar politicamente.
O Alcorão (do árabe al-qur'ãn, leitura) é a coletânea das revelações divinas recebidas por Maomé de 610 a 632. É dividido em 114 suras (capítulos), ordenadas por tamanho. Seus principais ensinamentos são a onipotência de Deus e a necessidade de bondade, generosidade e justiça nas relações entre as pessoas. Neles estão incorporados elementos fundamentais do judaísmo e do cristianismo, além de antigas tradições religiosas árabes. O Alcorão inclui muitas das histórias do Antigo Testamento judaico e cristão, como a de Adão e Eva. Depois de desobedecer a Deus, Adão viajou e construiu a primeira Caaba. Após o dilúvio, Abraão, considerado o primeiro muçulmano, a reconstruiu. Do Novo Testamento, o Alcorão registra passagens da vida de Jesus Cristo, reverenciado pelos muçulmanos como um profeta que em sua religião só é sobrepujado em importância pelo próprio Maomé. Os muçulmanos acreditam na vida após a morte, na vinda do anti-Cristo e na volta de Jesus Cristo para vencê-lo, no Juízo Final e na ressurreição final de todos os mortos. A segunda fonte de doutrina do Islã, a Suna, é um conjunto de preceitos baseados nos ahadith (ditos e feitos do profeta).
A vida religiosa do muçulmano tem práticas definidas pela Sharia, o caminho que o muçulmano deve seguir na vida. A Sharia define normas de conduta, comportamento e alimentação, além dos chamados pilares da religião. O primeiro pilar é a shahada ou profissão de fé: Não há outro Deus a não ser Alá, e Maomé é seu profeta. Esse testemunho é a chave da entrada do fiel para o Islamismo. O segundo pilar são as cinco orações diárias comunitárias (slãts), durante as quais o fiel deve ficar ajoelhado e curvado em direção a Meca. Às sextas-feiras realiza-se um sermão de um verso do Alcorão, de conteúdo moral, social ou político. O terceiro pilar é uma taxa chamada zakat. Único tributo permanente ditado pelo Alcorão, é pago anualmente em grãos, gado ou dinheiro. É empregado no auxílio aos pobres e no resgate de muçulmanos presos em guerras. O quarto pilar consiste em cumprir o jejum completo nos dias do mês do Ramadã. O quinto pilar é o hajj ou a peregrinação a Meca, que precisa ser feita pelo menos uma vez na vida por todo muçulmano que tenha condições físicas e econômicas para realizá-la.
A esses cinco pilares, a seita khawarij adicionou o jihad. Traduzido comumente como Guerra Santa, significa a batalha para reformar o mundo, um dos objetivos do Islamismo. É permitido o uso dos exércitos nacionais como meio de difundir os princípios do islã. Segundo a doutrina muçulmana, as guerras, porém, não podem visar à expansão territorial nem a conversão forçada de pessoas. Por isso, o jihad não é aceito por toda a comunidade islâmica.
Durante todo o nono mês lunar de cada ano, guarda-se o Ramadã, e, do amanhecer ao pôr-do-sol, o muçulmano celebra a revelação do Alcorão a Maomé e comemora sua primeira vitória militar contra Meca. Enquanto é dia, os fiéis não podem comer, beber, fumar ou manter relações sexuais, embora trabalhem normalmente. Mas as restrições não são mantidas durante as noites, e as ruas se enchem de pessoas que comemoram alegremente a revelação feita a seu profeta. A celebração do Eid el Adha lembra a disposição de Abraão em sacrificar a Alá seu próprio filho, Ismael (na tradição judaico-cristã o filho seria Isaque). Na época de Eid el Adha também acontece a peregrinação a Meca. O Ano-Novo islâmico é comemorado no Dia de Hégira, o 1º do mês Muharram. O marco é o ano de 622, quando Maomé deixa Meca. Os lugares mais sagrados do Islamismo são Meca, cidade onde fica a Caaba, Medina, lugar onde Maomé construiu a primeira Mesquita (templo), e Jerusalém, cidade onde o profeta ascendeu aos céus durante uma viagem noturna em que foi ao paraíso e se encontrou com Moisés e Jesus Cristo.

JUDAÍSMO:

É reconhecida como a primeira religião monoteísta da humanidade e cronologicamente a primeira das três religiões oriundas de Abrãao, junto com o cristianismo e o islamismo.
O judaísmo acredita em um Deus único, onipotente e onisciente, que criou o mundo e os homens. Esse Deus fez um pacto com os hebreus, tornando-os o seu povo escolhido, e prometeu-lhes uma terra chamada Canaã.
O judaísmo possui fortes características étnicas, nas quais nação e religião se mesclam.
História dos judeus: Segundo a Bíblia, Abraão recebe uma revelação de Deus, abandona o politeísmo e muda-se para Canaã, atual Palestina, em torno de 1800 a.C. De Abraão descendem Isaque e o filho deste Jacó. Jacó um dia luta com um anjo de Deus e tem seu nome mudado para Israel. Seus doze filhos dão origem às doze tribos do povo que, naquela época, era chamado de hebreu. Em 1700 a.C., os hebreus vão para o Egito, onde são escravizados por 400 anos. Libertam-se por volta de 1300 a.C., liderados por Moisés, descendente de Abraão, que recebe as tábuas com os Dez Mandamentos no monte Sinai. Por decisão de Deus, peregrinam no deserto por 40 anos, aguardando a indicação da terra prometida, Canaã.
Muitos anos depois de estabelecidos na terra prometida (“Terra Santa”), o rei Davi transforma Jerusalém em centro religioso e seu filho, Salomão, constrói um templo em seu reinado. Depois de Salomão, as tribos dividem-se em dois Reinos, o de Israel, na Samaria, e o de Judá, com capital em Jerusalém. Com a cisão, surge a crença na vinda de um messias (o enviado de Deus para restaurar a unidade do povo judeu e a soberania divina sobre o mundo), que persiste até hoje. O Reino de Israel é devastado em 721 a.C. pelos assírios. Em 586 a.C., o imperador babilônico Nabucodonosor II invade o Reino de Judá, destrói o Templo de Jerusalém e deporta a maioria dos habitantes para a Babilônia, iniciando a diáspora judaica.
Os judeus começam a voltar à Palestina em 539 a.C, onde reconstroem o templo e vivem breves períodos de independência, interrompidos por invasões estrangeiras. No ano 6, a região torna-se província de Roma. Em 70, os romanos invadem Jerusalém e arruínam o segundo templo. Em 135, a cidade é destruída, iniciando o segundo momento da diáspora. Apesar de espalhados por todos os continentes, os judeus mantêm a unidade cultural e religiosa. A dispersão só termina em 1948, com a criação do Estado de Israel.

HINDUÍSMO:

É a terceira religião com o maior número de fiéis no mundo (depois do Cristianismo e islamismo) e seus preceitos influenciam fortemente a organização da sociedade indiana. O hinduísmo é um conjunto de princípios, doutrinas e práticas religiosas conhecido dos seguidores pelo nome sânscrito Sanatana Dharma, que significa a ordem permanente. Está fundamentado nos Vedas (conhecimento, em sânscrito), textos sagrados compostos de hinos de louvor e ritos. Suas características principais são o politeísmo e a crença na reencarnação.
O Hinduismo baseia-se em uma memória coletiva sobre deuses tribais e cósmicos transmitida oralmente e, posteriormente, registrada em livros sagrados, os Vedas. Esses livros são agrupados em quatro volumes.
Segundo os Vedas, o ser humano está preso a um ciclo eterno de morte e renascimento, chamado samsara, pelo qual está fadado a reencarnar e a sofrer em infinitas vidas. As reencarnações, como ser humano ou animal, são regidas pelo carma, preceito segundo o qual a forma como renascemos em nossa vida atual foi definida na vida anterior, pelo estágio espiritual que alcançamos e os atos que nela praticamos.
O hindu busca fundir-se a Brahman, a verdade suprema, espírito que rege o Universo. Isso só é possível libertando-se do samsara pela purificação de seus infinitos carmas, atingindo o estágio conhecido como nirvana, a sabedoria resultante do conhecimento de si mesmo e do universo. O caminho para o nirvana passa pelas práticas religiosas, pelas orações e pela ioga, mas muitos hindus adotam também dietas vegetarianas e o ascetismo (renúncia aos bens e prazeres materiais) para atingi-lo.
Rituais e comemorações - O hindu costuma manter em casa um altar de devoção a seu deus, no qual queima incenso, coloca flores, velas e oferendas. Também freqüenta os templos que estão entre os de arquitetura mais exuberante do mundo. Cada altar possui sempre a estátua de seu deus, e nos templos as imagens são diariamente despertadas pela manhã, lavadas, vestidas e enfeitadas com flores pelos sacerdotes. Diante do altar, os hindus recitam mantras, fórmulas sagradas escritas nos Vedas que podem aproximá-los dos deuses. Peregrinar para visitar os templos e lugares sagrados são práticas habituais.
Algumas das celebrações hindus são o Festival das Luzes, comemorado em todo o país no outono com o acender de velas, o Festival das Nove Noites para a deusa Durga, em setembro ou outubro, o Festival da deusa Shiva, em março, e o Festival de Krishna, em agosto.

CRISTIANISMO:

Cristianismo é a religião dos seguidores de Jesus Cristo, iniciada por suas pregações e as de seus apóstolos em meados do século I, na região do atual Estado de Israel.
O cristianismo tem origem no judaísmo e é atualmente a religião mais difundida no mundo, sendo predominante na Europa e nas Américas. O cristianismo divide-se em três ramos principais: catolicismo (o mais antigo, datado do século IV), Igreja Ortodoxa (de tradição oriental, que surge no século XI ao se separar da tradição romana) e o protestantismo (movimento do século XVI que dá origem a muitas denominações).
Os protestantes, também chamados de evangélicos principalmente no Brasil, dividem-se atualmente em três grupos de afinidade teológica. O do protestantismo histórico, criado a partir da reforma; o pentecostal, surgido no começo do século XX, e o neopentecostal. No Brasil, o protestantismo começa a se estabelecer no início do século XIX e hoje reúne o maior número de adeptos da América do Sul.
A doutrina - A fé cristã professa que o Deus criador, revelado a Abraão, a Moisés e aos profetas judeus, envia à Terra seu filho como Messias (Cristo, em grego), o salvador. De acordo com a fé cristã, Jesus é sacrificado em lugar dos homens, que perderam a graça de Deus e se distanciaram dele no início da criação do mundo. Após ter sido morto, ele ressuscita e oferece a dádiva da salvação e da vida eterna após a morte, a seu lado, no Céu, aos que se reaproximam de Deus, acreditam nele e seguem seus preceitos. Sua principal mensagem é da primazia do amor a Deus e aos demais seres humanos sobre todas as coisas e postulados. Para os cristãos, Deus é uma trindade, formada também por seu filho, Jesus Cristo, e pelo Espírito Santo.
A história do Messias - Segundo a tradição cristã, Jesus de Nazaré nasce em Belém, na Judéia, no período em que a Palestina estava incorporada ao Império Romano. Ele é o Messias, anunciado no decorrer de mil anos ao povo judeu, que vem ao mundo para salvar os homens e anunciar a instauração do reinado de Deus. Aos 30 anos, ele inicia sua pregação, anunciando o amor e o perdão de Deus a todos os homens. Durante suas peregrinações ele realiza milagres, reúne discípulos e apóstolos. Considerado blasfemo pelos sacerdotes judeus, é preso pelas autoridades romanas, acusado de não reconhecer a divindade do imperador e conspirar contra Júlio César. É submetido a processo, condenado, crucificado e sepultado. Ressuscita três dias depois, aparece a seus discípulos e os encarrega de levar seus ensinamentos a todos os pontos do mundo.
O livro sagrado - Os cristãos seguem a Bíblia, que se divide em duas partes, o Antigo e o Novo Testamento, num total de 73 livros, para os católicos, e 66, para os protestantes. O Antigo Testamento, chamado de Torá ou Torah pelos judeus, narra a criação do mundo, a história, leis e tradições judaicas, a vida dos profetas que anunciaram a vontade de Deus e a vinda do Messias. São particularmente importantes os primeiros cinco livros, chamados de Pentateuco, que inclui os Dez Mandamentos ditados por Deus a Moisés e que são a base ética e moral de todo o cristianismo. O Novo Testamento contém os textos posteriores à morte de Cristo, entre eles os quatro Evangelhos (Marcos, Mateus, Lucas e João), as principais fontes sobre a vida de Jesus. Os outros textos são os Atos dos Apóstolos, as Epístolas e o Apocalipse, todos de autoria dos apóstolos.
Expansão - O cristianismo organiza-se primeiro em Jerusalém, como um movimento dentro do judaísmo. Em vida, Jesus tem poucos seguidores. Após sua morte, seus apóstolos (enviados, em grego) peregrinam e espalham seus ensinamentos nas regiões do Mediterrâneo, fundando várias comunidades. Desde o início o cristianismo se organiza como Igreja (do grego ekklesía, reunião), sob a autoridade dos apóstolos e seus sucessores.
Os cristãos são perseguidos durante o Império Romano até 313 d.C, quando Constantino lhes concede liberdade de culto. Em 392, o cristianismo se torna a religião oficial do Império, e missionários são enviados a várias partes da Europa para fundar igrejas, ocupando todo o continente.
No final da Idade Média, a expansão marítima européia leva o cristianismo à América e à Ásia. A partir do século XIX, missionários chegam também à África e ao leste da Ásia, completando a difusão da religião no mundo.
Festas religiosas - As principais são o Natal - celebração do nascimento de Jesus Cristo, comemorado em 25 de dezembro pela maioria das igrejas; a Páscoa, que celebra a ressurreição de Cristo no domingo da primeira lua cheia do outono (hemisfério sul) e o Pentecostes, 50 dias após a Páscoa, data em que é recordada a descida e unção do Espírito Santo aos apóstolos. O calendário da Igreja Católica, a mais antiga entre as cristãs, inclui ainda outras celebrações.


Continente Asiático

Continente asiático


Aspectos Gerais

·                A Ásia está localizada a leste do meridiano de Greenwich, ou seja, no Hemisfério Oriental. De todos os continentes existentes, a Ásia é o maior, sua área é de 44 milhões de km². Os limites de fronteira que existem no continente asiático são: ao norte, Oceano Glacial Ártico; ao sul, Oceano Índico; a leste, Oceano Pacífico; a oeste, Mar Vermelho, que o separa do continente africano, o Mar Mediterrâneo e os Montes Urais que o separa da Europa. Além de ser o maior continente do mundo, abriga seis dos dez países mais populosos do planeta, são eles: China, Índia, Indonésia, Paquistão, Bangladesh e o Japão. O produto da soma de todos os paises citados representa, aproximadamente, 60% do total da população do planeta. Em razão de sua extensão territorial, o continente abrange diversas características naturais, econômicas e culturais.
·              É o mais extenso dos seis continentes e costuma ser dividida em seis regiões (Oriente Médio, Ásia Meridional, Ásia Central, Ásia Setentrional, Sudeste Asiático, Extremo Oriente), considerando as diferentes características físicas, culturais e econômicas.
·              É composto por 45 países e conta com uma área de 44,5 milhões de km², o que corresponde a 29,7% das terras emersas do planeta. O continente é separado da Europa pelos Montes Urais, Rio Ural, Mar Cáspio, Cáucaso, Mar Negro e estreitos de Bósforo e de Dardanelos; Separa-se da África pelo Mar Vermelho e pelo Canal de Suez. Esse enorme continente é banhado pelos oceanos Pacifico (leste), Indico (sul) e Ártico (norte).
·              No continente estão as terras mais altas do mundo, com destaque para a cordilheira do Himalaia, onde está localizado o Monte Everest.
·              Há vários rios importantes no continente, como o Ganges, o Yang-tse-Kiang e o Lenissei, utilizados para navegação, geração de energia, irrigação, etc. a maior hidrelétrica do mundo, será a de Três Gargantas e está localizada no rio Yang-Tse-Kiang, na China.
·              Há grandes extensões de desertos na Ásia, especialmente no Oriente Médio e na Ásia Central; mas no sul e sudeste, o clima é úmido, especialmente na época de influencia das monções de verão.
·              A Ásia é o continente mais populoso do mundo. Lá localiza-se a China e a Índia, os dois países mais populosos do mundo e a metade das megacidades mundiais (Tóquio, Mumbai, Calcutá, Xangai, Pequim,... etc.)
·              A Ásia é bastante diversificada em termos socioeconômicos: há países que apresentam alto IDH (Japão, “Hong Kong”, Cingapura, Coréia do Sul...) e baixo IDH (Iêmen), mas predominam os países de médio IDH (Malásia, Arábia Saudita, China, Turquia, Índia...)
·              No continente asiático estão duas das maiores potencias mundiais – Japão e China -, importantes econômicas emergentes, mas também muitos países com baixo nível de industrialização.
·              Na Ásia está a maioria dos principais produtores de petróleo do mundo, especialmente no Oriente Médio.


I – Aspectos Físicos.
1.          Relevo

      Tem as terras mais altas do planeta. No centro do continente, atravessando-o no sentido leste-oeste, há diversas cadeias montanhosas com elevadas altitudes: Himalaia, Tien Shan, Altai, Zagros, Elbruz, etc. entre elas, destaca-se a importante Cordilheira do Himalaia, onde está localizado o Monte Everest, o pico mais alto da Terra, com aproximadamente nove mil metros de altitude, situa-se no Nepal, próximo da fronteira com a China.
     O relevo asiático se caracteriza por apresentar contrastes extremos de altitude:
• as mais elevadas cordilheiras e planaltos da Terra: Himalaia, Pamir e Tibete, onde se localizam os pontos mais altos do globo: (Everest, 8.848 metros, Kanchenjunga, 8.598 metros, e muitos outros, com altitudes superiores a 7.000 metros).
• a maior depressão absoluta do planeta: o Mar Morto, 395 metros.
·              Algumas regiões banhadas pelo oceano Pacífico pertencem ao Círculo de Fogo, ou seja, devido a sua formação geológica recente estão sujeitas a erupções vulcânicas e a terremotos. É o caso do Japão e da Indonésia.
·              Alguns planaltos são muito altos e se intercalam às cordilheiras, como é o caso do Pamir e do Tibete, contrastando com outros mais antigos, de altitudes menos elevadas, como os da Armênia, do Decã.
·              As planícies fluviais asiáticas são recobertas com o aluvião trazido pelos rios que as percorrem e que se dirigem principalmente para os oceanos Índico e Pacífico. As principais planícies fluviais são a Indo-gangética (Índia), a Mesopotâmica (Iraque), a Siberiana (Rússia) e as dos rios Yang-tsé (China) e Mekong (Vietnã).
·              O continente asiático projeta, em direção aos oceanos que o circundam, diversas penínsulas, sendo as principais a da Anatólia, a Arábica, a Hindustânica, a da Indochina e a da Coréia.

2. Hidrografia.

* As grandes montanhas e os elevados planaltos da Ásia Central, constituem importantes centros de dispersão das águas fluviais, que seguem em direção aos oceanos Glacial Ártico, Pacifico e Indico.
·              Os rios da vertente Ártica, geralmente extensos, percorrem a planície da Sibéria e durante o inverno (outubro a maio) desaparecem, encobertos por espessas camadas de gelo. O Lenissei (4.506km), que recebe o Agara, desaguadouro do lago Baikal; o Obi (5.567km), cujo maior afluente é o Irtish; e o Lena (4.267km) são os principais tributários do Ártico.
·              Os rios da vertente do Pacifico e do Indico são de regime monçônico, alimentados pelas chuvas de verão e derretimento de neves,m e oriundos de regiões elevadas. Na vertente do Pacifico destacam-se: Yang-Tse-Kiang ou rio Azul (5.797km), o maior da Ásia; o Mekong (4.023km), que banha a planície da Indochina; e o Huang-Ho ou rio Amarelo (4.666km), que atravessa a fértil planície de Loess da China. De grande importância, na vertente do Índico, são o Ganges (2.506km) e o Bramaputra (2.707km), que desemboca no mar de Bengala e forma o maior delta da Terra; e o Índio (2.890km), que deságua no mar de Omã.
·              Rios que desembocam no Golfo Pérsico. Merecem destaque o Tigre e o Eufrates, que formam a Planície da Mesopotâmia.
* O quadro hidrográfico do continente é completado pelas bacias interiores, constituídas por lagos e mares fechados, situados em área desérticas, para onde corre rios formados pelo derretimento de geleiras das montanhas. Merecem destaque: o Amur-Daria (2.414km) e o Syr-Daria (2.414km), que descem do planalto de Pamir e deságua no mar de Aral; o Ural (2.533km), que vai até o mar Cáspio; o Tarim (2.012km), que se dirige para Lob Nor; o Li (1.287km), que desemboca no lago Balkash; e o Jordão, drenado para o mar morto. Entre os lagos do continente, destaca-se o Cáspio e o Aral, na Sibéria; o Baikal e o Balkash.
·              Se os lagos existem em pequeno número, os mares asiáticos aparecem com muito mais destaque: Mar Vermelho, que limita as costas africanas e asiáticas; Mar da Arábia; a sudeste, Mar da China Meridional, Mar da China Oriental, Mar de Andamã e Mar Amarelo; os mares da Indonésia: de Java, de Timor, de Banda, de Celebes; a nordeste, os mares de Okhotsk, do Japão e de Bering. No limite com a Europa, aparece o maior mar fechado do mundo, o Mar Cáspio.

3. Clima

O continente Asiático apresenta notáveis contrastes climáticos. Suas terras, cortadas ao norte pelo circulo polar ártico e ao sul pelo equador, possuem, por influencia da variação da latitude, desde clima quentes e extremos até o mais rigoroso clima frio. O relevo é outro fator climático de destaque, pois as montanhas e planaltos fazem baixar as medias térmicas e explica o aparecimento de neves eternas até baixas latitudes. Os ventos têm importância sobre a repartição da chuva, principalmente no sul e sudeste, onde sopram as monções.
Esquematicamente podem se distinguir, na Ásia, seis tipos de climas:
a)                                  Clima equatorial: Compreende estreita faixa nas proximidades do equador, onde a temperatura tem media anual de 25 a 26°C. as chuvas repartem-se de modo regular, não existindo estação de seca. A umidade relativa em torno de 80%.
b)                                  Clima de monções: Entre todos os tipos de clima da Ásia, no entanto, o que mais diretamente influi nas condições de vida locais, sobretudo orientando as atividades agrícolas, é o tropical de monções. Abrangendo as regiões mais populosas do continente, estende-se pelas planícies costeiras da Índia e do sudeste e leste da China, com violentas chuvas durante o verão. Caracteriza-se pela atividade dos ventos, conhecidos como monções, que sopram do Índico e do Pacífico para o continente durante o verão, e do interior da Ásia para esses oceanos durante o inverno.
A ocorrência de monções se deve ao fato de que as terras continentais aquecem-se e esfriam mais rapidamente do que as águas oceânicas. Durante o verão, o interior da Ásia, ao esquentar-se, forma uma área de baixa pressão, que contrasta com as altas pressões dos oceanos, provocando o deslocamento de ventos úmidos do mar para a terra. Esses ventos são as monções de verão. No inverno, ocorre o inverso: os oceanos estão mais quentes do que o continente, formando áreas de baixa pressão e atraindo os ventos continentais. São as monções de inverno.
c)                                   Clima temperado: Pertence a este grupo os climas da China, Japão, Coréia, Manchúria, Sibéria centro meridional e certas áreas da Ásia central. Por influencia principalmente das latitudes e altitudes, o continente possui todos os tipos de clima temperado: oceânicos e continentais, frio e subtropicais, monçônico e desértico. Nessa região as medias térmicas raramente sobem a mais de 20°C e as estações são bem definidas.
d)                                  Clima desértico: A região desse clima começa no mar Vermelho, e vai a Mongólia. Os desertos mais ocidentais, que as situa próximo tropico de Câncer e possui menores altitudes, são arenosos e quentes todo o ano. Os demais situados a maiores altitudes e latitudes médias são pedregosos, registrando-se, no inverno, a queda de neves, enquanto o verão é escaldante. A Ásia abriga a maioria dos desertos existentes na Terra: da Arábia (Arábia Saudita), da Síria, de Thal (Paquistão), do Thar (ou Grande Deserto Indiano), de Lut (ou deserto do Irã), de Gobi (Mongólia), de Taklamakan (China), Karakum (Turcomenistão), Kerman (Irã), da Judéia (Israel), de Neguev (Israel).
e)                                  Clima polar: o inverno rigoroso e longo com media anual de 0°C, como em Verkhoyyansk, onde o termômetro pode descer a – 70°C. os verões são de pouca duração e são pouco quente não chegando a desgelar completamente o sol.
f)                                    Clima mediterrâneo: são típicos da Ásia ocidental, com verões secos e quentes e invernos suaves. As chuvas caem regularmente nas estações frias.

4. Vegetação

Em razão da diversidade climática, a Ásia também apresenta uma enorme diversidade de formações vegetais, desde florestas tropicais, sob os climas quentes e úmidos do sul, até a tundra, sob o clima polar do norte, passando pelas savanas (clima tropical mais seco), de vegetações de deserto e floresta de coníferas (clima temperado continental).
Como as formações vegetais dependem do tipo de solo e principalmente do clima, a Ásia apresenta muitas variedades vegetais, ainda que parcialmente destruídas ou alteradas pela milenar ocupação humana.
           No extremo norte do continente, junto ao pólo, não há condições para a existência de vegetação, porém mais ao sul, na Planície Siberiana, começam a surgir formações de tundra. Ainda rumo ao sul, à medida que o clima polar se torna menos intenso e o frio se estende por um número menor de meses, aparece a vasta região da taiga, quase integralmente pertencente à Rússia.
           O maior destaque, entretanto, está nas estepes, que ocupam grandes extensões da Ásia Central, aparecendo em áreas de clima temperado continental.
           Os arquipélagos situados ao sul do continente apresentam-se recobertos por florestas equatoriais e tropicais, não muito diferentes das que existem na Amazônia brasileira. Essas formações podem ser observadas também no centro-sul, onde igualmente se verifica a presença de savanas, em que a vegetação herbácea é dominante, apresentando arbustos e árvores em associações pouco densas, como o jângal na Índia.
            Registra-se ainda a ocorrência de florestas temperadas em extensões consideráveis no Extremo Oriente e de vegetação xerófita nas áreas desérticas ou semi-áridas do continente.

II – Religião Asiática


Berço das grandes religiões monoteístas e politeístas, quatro quintos da população professam o hinduismo, o budismo e o culto dos ancestrais. O Hinduismo, religião da maioria da população indiana, tem Varanasi como cidade santa, freqüentada por centenas de milhares de peregrinos anualmente. O Budismo (Ásia Meridional e Sudeste Asiático), a segunda religião dos povos asiáticos, em importância, resultou de uma reforma do hinduismo, pregada por Buda. Além dessas, encontramos o Islamismo (Oriente Médio e na Ásia Central); o Confucionismo, na China; o Xintoísmo, no Japão; o Cristianismo é praticado esparsamente por diversos grupos em todo o continente.

III – Aspectos Demográficos


·  Cobrindo cerca de um terço da área mundial, a Ásia possui cerca de três quintos da população do planeta, ou seja, cerca de 3,9 bilhões de habitantes (62%) da população mundial. Situa-se no continente os países mais populosos do mundo “China e a Índia”. Somente esses dois países compreendiam cerca de um terço da população mundial (37,5% da população mundial).
·  A distribuição da população é bastante irregular. Aos imensos vazios demográficos das regiões de clima desértico, quentes e frios, opõem-se os verdadeiros “formigueiros” humanos das planícies aluviais, onde domina o clima de moções. Os desertos da Ásia ocidental e os elevados planaltos que se estendem do Pamir à Mongólia não chegam a registrar sequer um hab/km². Esses vastos territórios, que representa cerca de 2/5 do continente, encerraram apenas cerca de 3% da população total. Em contrapartida, nos deltas de solos férteis, localizados às margens do Indico e do Pacifico, as densidades demográficas variam de 400 hab/km a 1.500 hab/km.
·  A população asiática é predominante rural e vive aglomerada em grandes aldeias, localizadas às margens dos rios. O contingente urbano, embora tenha aumentado acentuadamente após a II Guerra Mundial, ainda apresenta índices baixos: cerca de 33% na China e cerca de 32% na Índia. Apenas o Japão possui elevado índice de urbanização: acima de 75%.
·  Apesar da predominância da população rural, existem no continente importantes cidades. Dentre as cidades asiáticas destacam-se as de função religiosa, centros de peregrinação e, sobretudo, as que, por sua posição geográfica, são núcleos de comércio regional e internacional, entroncamento de circulação terrestre e de rotas marítimas e aéreas. Devido ao pequeno desenvolvimento da industria, poucas são as cidades de função industrial no continente. No Japão destacam-se Tóquio, a segunda do continente, Yokohama, principal porto do país, Osaka, centro da industria naval, Kyoto, antiga capital e centro religioso, Kobe e Nagoya. Os maiores centros urbanos da China são: Xangai, primeiro da Ásia e de todo o mundo, Cantão, Wuhan e Tientsin. Na Índia merecem destaque Calcutá, principal porto do país, Bombaim, Mandras, Delhi e nova Delhi. Em outros países devem ser mencionadas: Cingapura, importante cruzamento de rotas marítimas; Seul, capital da Coréia do Sul; Jacarta, capital da Indonésia; Manila, capital das Filipinas; cidade Ho Chi Minh, capital do Vietnã e Hanópi; Bangkok, capital da Tailândia; Hong-Kong, no litoral sudeste da China; Rangum, capital do Myammar; Karachi, no Paquistão; Teerã, capital do Irã, Bagdá, capital do Iraque e Ankara, capital da Turquia.


                    

terça-feira, 7 de junho de 2011

Continente Europeu

Europa, um continente em transformação.
* Na ótica do brasileiro comum, a Europa é um continente profundamente civilizado em que imperam o direito, a ordem, a democracia em sentido ideal. Suíça, Áustria e Alemanha habitam nosso imaginário. É o continente dos sonhos. Mas a Europa possui bósnias e albânias e, como aqui, a miséria ombreia com a riqueza; a paz com a guerra; a democracia com o totalitarismo. O Velho Continente viveu seu apogeu e agora, como que a se preparar para o terceiro milênio, sofre as turbulências naturais da acomodação de placas sociais, políticas, religiosas, étnicas… A Europa é o berço da civilização ocidental. É impossível falar da sociedade humana sem fazer referência a ela. Palco de grandes acontecimentos, o continente europeu passou por grandes transformações. O atual mapa político do continente começou a se formar em 1990, com a unificação da Alemanha, e teve sua última alteração em 2008 com a independência de Kosovo.
* A Europa é um continente com uma área de 10,3 milhões de Km2, que representa somente 19% da Eurásia. A Europa possui 48 países autônomos, na maioria pequenos territórios e os minipaíses, além da Federação Russa que responde por 40% da área total.
Grupo de importantes países no cenário mundial, alguns deles potências econômicas (Alemanha, França, Itália, Reino Unido e Rússia que fazem parte do G-8).
LITORAL EUROPEU
• A costa européia é extensa e sofre influência das águas do Oceano Glacial Ártico e Atlântico, além de mares menores como o Cáspio e o Negro.
• A Europa é uma península e o seu litoral é composto por várias delas e inúmeras ilhas, dentre elas as principais são: ao norte, A península da Jutlântia, península Escandinava; a oeste, ilhas Britânicas, ilha da Irlanda e ao sul a Península Ibérica, Itálica e Balcânica, além das ilhas de Creta, Sílicia, Sardenha, Córsega e Baleares.
• Outra característica marcante do litoral europeu é a quantidade de estreitos que se apresentam nessa porção do continente, os principais são: Gibraltar, Bósforos e Dardanelos.
* Essas mudanças vieram para confirmar que o dinamismo no continente europeu sempre ocorreu. As novas divisões regionais e organização interna na Europa comprovam que as transformações estão bem compreendidas atualmente, sendo que hoje vigora uma nova alteração no espaço europeu: a formação da União Européia, que está em constante mudança e a cada ano se desenvolve e caracteriza uma visão totalmente inédita sobre a organização do continente e suas relações com as outras nações do mundo.

I – Localização Geográfica:

* Suas terras são atravessadas pelo Circulo Polar Ártico e pelo Meridiano de Greenwich. Em decorrência disso, podemos afirmar que a Europa:
- está localizada totalmente no hemisfério Norte;
- está localizada na Zona Temperada Norte e na Glacial Ártica;
- possui terras no hemisfério leste e oeste.

II – Aspectos Físicos
* Relevo:
1. norte da Europa  (Escandinávia, Ilhas Britânicas, trechos da Alemanha, França ...etc.) – terrenos antigos e desgastados, com predomínio de planaltos: Escandinavo, Cadeia Penina, Maciço Xistoso Renano.
2. Porção Meridional (proximidade do mar mediterrâneo) – terrenos de formação mais recente e bem menos desgastados que os maciços antigos. É onde aparecem diversas cadeias montanhosas: Pirineus, Alpes, Cáucaso, e as maiores altitudes do continente: Monte Brando, 4.810m; Elbrus, 5.633m; Olimpo, 2.917m.
3. Bacias Sedimentares: formação predominante no continente (2/3); são baixos planaltos e extensas planícies que se ampliam do oeste em direção ao leste – Russa, Ucrânia, Pó, etc.
4. Depressões absolutas: ocorrem junto ao Mar Cáspio (Europa e Ásia e nos Reino dos Países Baixos, ao norte do baixo curso do rio Reno).
* Hidrografia: apresenta rica rede hidrográfica. Seus rios são intensamente utilizados para a navegação e transporte de mercadorias, produção de energia elétrica e irrigação de áreas agrícolas. Uma rede de canais facilita a navegação interna, principalmente no centro e no oeste europeu. No extremo norte europeu no Federação Russa, o congelamento dos rios no inverno constitui um obstáculo a utilização econômica da rede hidrográfica.
·                                                         Aparecem inúmeros lagos de pequenas dimensões, a maioria de origem glacial, localizados nos Alpes (Genebra, Zurique, Constança, Garda, ...)e nas regiões ao redor do mar Báltico. (Ládoga – 18200km²)
·                                                         Os mares costeiros distinguem-se do oceano que os circunda pela diferença de salinidade, temperatura e psicosidade. Entre eles destaca-se os mares do Norte, da Noruega, Báltico e o Mediterrâneo.
·                                                         Merecem destaque os Rios: Tamisa é o principal rio da Inglaterra. Extremamente poluído no passado, hoje é considerado modelo de reversão ecológica, pois foi recuperado, depois de 40 nos de limpeza, realizada por meio de construção de filtros e estações de tratamento de esgotos; Danúbio que nasce no planalto da Floresta Negra – Alemanha – e atravessa diversos países: Alemanha, Áustria, República Tcheca, República Eslovaca, Hungria, Iugoslávia, Romênia, Bulgária e Federação Russa.
* Clima
·                                                         Temperado Oceânico: inverno ameno, verão mais fresco. Temperatura = 10°C a 20°C. as quatro estações do ano são bem definidas.
·                                                         Temperado Continental: Maior amplitude térmica entre o inverno e verão. Menor quantidade de chuvas. Inverno rigoroso com nevascas e temperaturas inferiores a 0°C, as quais congelam os rios, lagos, riachos e solos. Com o derretimento da neve e do gelo na primavera, ocorrem inundações. O verão é quente e seco, mas pode apresentar chuvas tempestuosas.
·                                                         Mediterrâneo: Verão quente e seco. Poucas chuvas (outono e primavera). São torrenciais e repentinas, causando inundações e fortes corredeiras.
·                                                         Polar: Verão com temperatura inferior a 10°C e pouca pluviosidade. O inverno é muito rigoroso, com temperaturas próximas a 20°C negativos.
·                                                         Frio de Montanha: Quanto mais alto, mais frio.
* Vegetação:
·                                                         Floresta Temperada: Folhas decíduas, composta de carvalhos, castanheira e faias. Formação de pântanos e turfeiras (solos úmidos – pasta negra, considerada um tipo de carvão em fase inicial de formacao).
·                                                         Floresta Temperada/ Coníferas/ Estepes e pradarias: No solo Tchernoziom ocorre às pradarias e estepes (gramineas). Mais ao norte, a taiga – raízes profundas e folha em forma de agulha (coníferas, pinheiros e bétulas). No solo Podzol – inadequado para a agricultura, nas áreas menos úmidas.
·                                                         Mediterrânea: Vegetação própria que suporta a falta de água no verão. Maquis (arbustos/ moitas densos) e garrigue (árvores lenhosas – alecrim, carvalho e lavanda – e esparsas).
·                                                         Landa: solos menos férteis. É composta por juncos, samambaias e árvores raquíticas. (área desmatada e abandonada da floresta temperada).
·                                                         Tundra: Composta de musgos e liquens e outras herbáceas, que aparecem nos locais onde ocorre o degelo. O solo apresenta camada superficial de gelo, chamada de permafrost.
·                                                         Vegetação Compartimentada: Pela altitude, a vegetação vai se modificando até chegar às elevadas montanhas com gelo eterno. Entre 2000 e 1600m: rasteira composta por gramíneas; - 1600m: sucessão de faias, abetos e pinus; + 2000m: rochas nuas, cobertas pelas neves eternas.
Obs.: A relação entre clima e a vegetação é de fundamental importância para a existência de diversidade de paisagens. As características de temperatura, periodicidade das chuvas, latitude, altitude, velocidade e direção dos ventos, de um local, determinam o tipo de vegetação que ali se desenvolverá.

 

SOCIEDADE EUROPÉIA


 A distribuição da população européia é mais equilibrada em relação às demais regiões do globo, porém há repulsivos à fixação humana, determinam um subpovoamento em certas porções geográficas. É o caso da parte setentrional do território e das grandes elevações do relevo, onde o clima frio age como elemento anecúmeno.
·                                                         Crescimento Vvegetativo NULO OU NEGATIVO: NÃO HÁ AUMENTO POPULACIONAL; POPULACAO REDUZIDA.
·                                                         Problemas:
-          Envelhecimento da população, verificado pelo maior numero de idosos em relação ao total de habitantes, aumenta consideravelmente os gastos com aposentadoria e assistência médico-hospitalar.
-          A PEA é reduzida, em especial nas atividades que exigem menos qualificação; a falta de mão-de-obra gera a necessidade de importação de trabalhadores.
-          A redução da população traz conseqüência em relação ao mercado consumidor como mudanças nos hábitos de consumo; investimento em produtos e serviços para adultos.
·                                                         Causas das baixas Taxa de Mortalidade e de Elevada Expectativa de Vida:
-          Boas condições de alimentação.
-                                                      Acesso à assistência medica de qualidade.
-                                                         Saneamento básico.
-                                                         Avanço na área de tratamento e prevenção de doenças.

·                                                         Imigração / xenofobia/ racismo
- As diferenças no padrão de desenvolvimento, as diferenças regionais e sociais, os conflitos que se verificam no continente são causadores de movimentos migratórios na Europa. Podemos identificar vários padrões de deslocamento na Europa, lembrando inicialmente que, se no passado a Europa foi um continente de emigração (saída), hoje é um continente de imigração. Os europeus colonizaram e ocuparam grandes extensões da América, África, Ásia e Oceania. Contudo, a elevação do padrão de vida nesse continente passou a atrair migrantes em direção aos países mais prósperos do oeste europeu.
Movimentos migratórios na Europa:

* dentro de um mesmo país europeu – é o caso clássico da Itália. O norte da Itália (Vale do Pó) é uma região rica e industrializada, de elevado padrão de vida, enquanto o sul desse país (Mezzogiorno) apresenta padrão de vida inferior, base agrária e menor industrialização. Assim, os italianos do sul se deslocam para o norte do país. Podemos lembrar também dos deslocamentos de alemães orientais para a porção ocidental do país quando ocorreu a reunificação das Alemanhas em 1990.

* de um país europeu para outro – evidentemente dos países mais pobres em direção aos mais ricos. Como exemplo podemos citar o deslocamento de turcos para a Alemanha, albaneses para a Itália, bem como habitantes do leste europeu que têm se deslocado para a Europa Ocidental após as reformas e abertura política na Europa Oriental.

* de outros continentes para a Europamigrantes que se deslocam da América Latina, África e Ásia em busca de empregos e melhores condições de vida.
A elevação da taxa de desemprego na Europa, associada a essa entrada de estrangeiros tem provocado reações em alguns países europeus que procuram criar e intensificar as barreiras para evitar a entrada desses imigrantes, além de reforçarem o controle em suas fronteiras para barrar a entrada dos ilegais. Partidos políticos de extrema direita tem conseguido maior representatividade junto ao eleitorado por defenderem plataformas contrárias a abertura das fronteiras para os imigrantes. Grupos minoritários radicais, de ideologias totalitárias e racistas tem discriminado, perseguido e até assassinando estrangeiros. É a chamada xenofobia.
Paradoxalmente, vários países europeus apresentam um crescimento populacional muito reduzido e um contínuo processo de envelhecimento da população e, para continuarem mantendo suas taxas de crescimento econômico deverão necessitar de milhões de imigrantes para suprir as necessidades do mercado de trabalho. Além disso, é estranha e, até equivocada, a premissa de que o imigrante rouba empregos dos nativos. Esse estrangeiro constitui mão-de-obra sem qualificação que ocupa postos de trabalho rejeitados pela população local.
·                                                         Religião: Maioria catolicismo (romano e o ortodoxo); protestantismo (luteranismo, calvinismo e anglicanismo);
·                                                         Composições étnica: três grandes ramos étnicos: atlanto-mediterrâneos, germanos e eslavos.

OBS.: A população da Europa Ocidental é uma sociedade de consumo, porque tem a disposição e consome os mais diversos bens e serviços existentes. Isso é decorrente do alto nível de industrialização, do alto volume de dinheiro na economia, bem como da distribuição de renda, que permite a cada cidadão uma parcela justa desse volume.

II – Regionalização do Espaço Europeu


A- Europa Ocidental: é composta por países de economias com elevado grau de industrialização, agricultura mecanizada de alta produtividade e com um dinâmico setor terciário, o qual emprega a maior parte da PEA.


B- Europa Oriental: é composta por países que pertenciam a ex-URSS, ocupavam a periferia do sistema econômico soviético. Estes países atualmente passam por um processo de transição de uma economia planificada para a economia de mercado, além da adaptação de um regime político unipartidário para para um pluripartidário. Os principais objetivos desses países são o desenvolvimento industrial avançado, a construção de um mercado competitivo, a melhoria da população e a sua aceitação como membros da União Européia (2004).

III – Europa Ocidental


Diferenças Regionais: do ponto de vista da Industrialização, percebe-se:

1. Países altamente industrializados: Alemanha, França, Reino Unido, Itália, Suécia, Suíça, Áustria, Bélgica, Reino dos Países Baixos e Luxemburgo.

- Características:
·         Formado por países que participaram da Revolução Industrial;
·         Possui maior nível de desenvolvimento econômico;
·         Elevada urbanização;
·         Agropecuária moderna.

2. Países de Menor Industrialização: Islândia, Dinamarca, Noruega, Finlândia e Irlanda.

- Características:
·                                 Economia menos desenvolvida que os países do grupo um;
·                                 Atividade primária é muito importante.

3. Países de Industrialização Recente: Espanha, Portugal e Grécia.

- Características:
·                                 Turismo;
·                                 Atividade primária tem grande importância na formação do PIB.

4. Mini-estados Europeus: Mônaco, San Marino, Vaticano, Liechtenstein, Andorra e Malta.

- Características:
·         São conhecidos como países selos;
·                                 Apesar de representarem pontos reduzidos no mapa, alguns têm influencia mundial: vaticano (sede da Igreja Católica Romana), Liechtenstein (Instruções bancárias), Andorra (ZPE – “Hong Kong” dos Pirineus – comercio é livre de impostos, atrai milhões de turistas todo ano).

IV – Europa Oriental


·                                 Principais mudanças: adoção de elementos do capitalismo, como: economia de mercado e a privatização de empresas estatais.
·                                 Obstáculos/Problemas a essas mudanças: divida externa, inflação crescente, desemprego, privatização conturbada de empresas públicas, falta de gêneros alimentícios, baixos salários e o surgimento de problemas sociais.
OBS.: A transição política econômica tem se caracterizado por apresentar um elevado custo social (fechamento de fabricas, lojas e empresas; aumento do desemprego, da pobreza, da inflação e a desvalorização salarial) = aumento da migração, que gerou varias manifestações de violência, confrontos étnicos e o ressurgimento de organizações radicais.

·                                 Países de economia em transição:

1.                             Hungria, Polônia, Croácia, Eslovênia, República Tcheca: apresentam elevado nível de industrialização e melhores condições de vida.

2.                             Albânia, Bósnia-Herzergovina: predominantemente agroindustrial ou economia arrasada pela guerra, respectivamente.

3.                             Bulgária, Eslováquia, Iugoslávia, Macedônia, Letônia, Lituânia e Estônia: países de menor industrialização e condições de vida média.


UNIÃO EUROPÉIA

-                                 A União Européia é uma organização internacional constituída atualmente por 27 estados membros.
-                                 Foi estabelecida com este nome pelo Tratado da União Européia (normalmente conhecido com Tratado de Maastricht) em 1992, mas muitos aspectos desta união já existiam desde a década de 50. A União tem sedes em Bruxelas, Luxemburgo e Estrasburgo.
-                                 A União Européia tem muitas facetas, sendo as mais importantes o mercado único europeu (uma união aduaneira), uma moeda única (o euro, adotado por 15 dos 27 estados membros) e política agrícola, de pescas, comercial e de transportes comuns. A União Européia desenvolve também várias iniciativas para a coordenação das atividades judiciais e de defesa dos Estados Membros.
-                                 O Tratado de Paris, assinado em 1951, estabelecendo a Comunidade Européia do Carvão e do Aço, e os Tratados de Roma, assinados em 1957, instituído a Comunidade Econômica Européia e a Comunidade Européia da Energia Atômica ou Euratom, foram assinados por seis membros fundadores: Alemanha, Bélgica, França, Itália, Luxemburgo e Países Baixos. Depois disto, a EU levou a cabo seis alargamentos sucessivos: em 1973, Dinamarca, Irlanda e Reino Unido; e 1981, Grécia, em 1986, Portugal e Espanha; em 1995, Áustria, Finlândia e Suécia; a 1 de Maio de 2004, República Tcheca, Chipre, Eslováquia, Eslovênia, Estônia, Hungria, Letônia, Lituânia, Malta e Polônia; a 1 de janeiro de 2007, Bulgária e Romênia.
-                                 Em 1972 e 1994, a Noruega assinou também tratados de adesão à União Européia. No entanto, nas duas ocasiões, através de referendos, a população norueguesa rejeitou a adesão do país. À população da Suíça (helvética) foi também proposta a adesão do país à União, mas foi rejeitada através de referendo popular em 2001.  
-                                 A Croácia, Turquia e Macedônia são candidatos à adesão à EU. As negociações com estes países iniciaram-se oficialmente em Outubro de 2005 mas ainda não há uma data de adesão definida – o processo pode estender-se por vários anos, sobretudo no que concerne à Turquia, contra a qual há forte oposição da França e da Áustria.
-                                 A União Européia encontra-se aberta a todos os países europeus que a ela pretendem aderir e que respeitem os compromissos assumidos nos Tratados da fundação e subscrevem os mesmos objetivos fundamentais. Existem duas condições que determinam a aceitação de uma candidatura à adesão: a localização no continente europeu e a prática de todos os procedimentos democráticos que caracterizam o Estado de direito.
-                                 A economia da União Européia é baseada num sistema capitalista liberal sendo ligeiramente maior do que a economia dos Estados Unidos da América.
-                                 O principal objetivo econômico da União Européia é promover uma economia livre, concorrencial e sem barreiras comerciais tanto ao nível das mercadorias, dos capitais, como dos seus cidadãos e nomeadamente dos seus trabalhadores.
-                                 A União Européia tem problemas, que podem ser apresentados em três tópicos principais: o fracasso da Constituição Européia, reprovada em referendos populares na França e no Reino dos Países Baixos; o desencanto popular nos países que fazem parte do grupo (44% dos cidadãos europeus acham que a vida piorou desde a entrada de seus respectivos países na UE, aponta pesquisa do jornal britânico “Financial Times”); e o fraco desempenho econômico dos países do grupo nos últimos anos.
-                                 Há ainda outros problemas importantes a resolver, como a entrada da Turquia no bloco, a crise que se estendeu com a Federação Russa após os Estados Unidos negociarem a instalação de bases militares na Polônia e na República Tcheca, a falta de empregos e a maciça onda de imigrantes africanos chegando ao velho continente.

Objetivos da União Européia

* Promover a unidade política e econômica da Europa;
* Melhorar as condições de vida e de trabalho dos cidadãos europeus;
* Melhorar as condições de livre comércio entre os países membros;
* Reduzir as desigualdades sociais e econômicas entre as regiões;
* Fomentar o desenvolvimento econômico dos países em fase de crescimento;
* Proporcionar um ambiente de paz, harmonia e equilíbrio na Europa.



Fim da URSS

01 – ex- URSS: Mikhail Gorbatchev assumiu o governo da UNIÃO SOVIÉTICA em 1985, em meio a uma profunda crise econômica, social e política. Era grande o descontentamento popular em relação a vários problemas como:
·                                Falta de liberdade de expressão;
·                                Inexistência de partidos políticos de diferentes ideologias;
·                                Privilégios para os burocratas;
·                                Escassez de gêneros alimentícios e eletrodomésticos.

02 – Modificações introduzidas na Organização Política da UNIÃO SOVIÉTICA, pela Glasnost (abertura política – permitiu a liberdade de expressão e surgimento de movimentos nacionalistas):
·                                Substituição de dirigentes conservadores do PCUS;
·                                Libertação de presos políticos;
·                                Fechamento do PCUS após o golpe de estado em 1991;
·                                Eleições diretas para presidente das repúblicas.

03 – Pontos básicos da Perestroika (reestruturação econômica – introduzir na economia, a propriedade, a concorrência e o lucro – mecanismos típicos da economia de mercado):
·                                Acabar com o sistema de planejamento econômico centralizado;
·                                Introduzir a economia de mercado
·                                Substituição do monopólio do Estado para propriedade privada;
·                                Reduzir os gastos de defesa militares; (Luta para o fim da corrida armamentista);
·                                Diminuir os empréstimos às empresas deficitárias;
·                                Corte de ajuda econômica aos países socialistas.

04 – A US, um dos países mais influentes no século XX, desapareceu em dezembro de 1991. Logo após, a dissolução da UNIÃO SOVIÉTICA, foi criada a CEI, com o objetivo de administrar o fim da URSS. Era essencial para a Federação Russa manter as relações com as outras repúblicas independentes. - Parte do arsenal nuclear e da frota da extinta União Soviética ficou em território das nações independentes, como as energéticas com fornecimento por oleodutos e gasodutos.

05 – A CEI é composta por 12 países que faziam parte da URSS, com exceção da Letônia e Estônia. A sede da CEI fica em Minsk-Belarus, que integra as 12 nações preservando a soberania de cada: Armênia, Azerbaijão, Belarus, Cazaquistão, Federação Russa, Geórgia, Moldava, Quirguistão, Tadjiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão. (“Tão” – sufixo que significa terra, no idioma urdu, afirmação de soberania na região).

06 – Das 12 repúblicas que formaram a CEI, a Federação Russa, foi a mais beneficiada, porque em seu território estão localizados importantes parques industriais, áreas de recursos minerais e energéticos, e porque herdou a Perestroika, cujas reformas já estão integradas a realidade russa.
07 – Problemas que comprovam a fragilidade da CEI:
·                                Supremacia da Federação Russa;
·                                Problemas econômicos - A CEI prevê a criação de uma moeda comum – o rublo, e a centralização das forças armadas. Entretanto a unidade não tem sido conseguida na prática, principalmente por conflitos separatistas e disputas pelo controle do poderoso arsenal nuclear da antiga UNIÃO SOVIÉTICA.
·                                Os recursos energéticos russos, espalhados pelos países agora independentes, tornam-se fontes de conflito que chega a atingir interesses internacionais.
·                                Disputas étnicas - as rivalidades étnicas constituem o grande foco da instabilidade política e social, sobretudo na Rússia, que conta com dezenas de grupos étnicos em seu território.

OBSERVAÇÃO:

- O grande líder reformista ou democrata da URSS, em 1991, era o presidente da Federação Russa, Boris Yeltsin.
- Consequências da transição de uma economia planificada para uma economia
capitalista ocorrida na Rússia: Mesmo seguindo um modelo de modernização de países subdesenvolvidos, priorizando o investimento em infra-estrutura com redução de verbas ao desenvolvimento social da população, a Rússia passa por problemas de transição de uma economia planificada (socialismo) para uma economia capitalista, trazendo como conseqüência: Privatização das antigas empresas estatais: Introdução da concorrência e da competição capitalista: Busca do lucro como meta política e econômica: Liberação dos preços e Abertura ao capital estrangeiro.

Aspectos Físicos da CEI

·        22.400.000 Km².

·        Está situado quase que na sua totalidade na região temperada. Apenas a porção norte localiza-se na zona glacial ártica: longos e rigorosos invernos na maior parte do país (Sibéria = -69°C). Temperaturas tão baixas congelam os solos e os rios, afetando a prática da agricultura, produção de energia elétrica e os transportes.

·        Grande parte do território é formado pela taiga siberiana e muitos de seu trechos são explorados pela industria madeireira. Ao norte, aparece a tundra, vegetação típica das áreas polares. O solo fica congelado a maior parte do ano;

·        Uma extensa faixa marítima, com mais de 10.000 Km, é coberta pelo gelo, dificultando a navegação durante, pelo menos, nove meses do ano. No curto período de verão, inúmeros rios despejam suas águas no Mar de Kara, como o lenissei, e no Mar de Laptev, como o Lena, entre outros.

01 – Questão das Nacionalidades

A US foi à herdeira, do prolongamento do Império Russo, fundado séculos atrás pelo Czar Ivan, o terrível. No processo de expansão territorial diversos povos de cultura, escrita, idioma e religião diferentes foram incorporados e subordinados ao governo centralizado em Moscou (russos, eslavos, finlandeses, mulçumanos, alemães, gregos, poloneses, moldavos, etc). Antes de ser extinta, a URSS abrigava 126 nacionalidades. A etnia predominante na União Soviética era a russa, 83% da população, e participa de todas as outras repúblicas, o que foi parte da campanha de Stalin para “russificar” a URSS e assegurar sua dominação e a unidade territorial da união. A composição étnica russa variada pode ocasionar a quebra da unidade territorial. Alguns grupos reivindicam mais autonomia junto ao governo em Moscou e esse processo se não for bem administrado poderá gerar movimentos separatistas, o que comprometeria a unidade territorial.

OBS.: Lembrar do Brasil que apesar da extensão territorial e da imigração na época da colonização existe integração cultural devido a miscigenação que ocorreu no país.

02 - Constituição Soviética.

A constituição soviética assegurava a igualdade entre as diversas etnias, mas na pratica acontecia algumas restrições:

* Boa parte das manifestações culturais de varias nacionalidades eram reprimidas;

* Quem sabia o russo tinha maiores possibilidades de atuação na sociedade, embora fosse possível a alfabetização na língua da república de origem.

OBS.: Lembrar dos exemplos brasileiros que sofrem restrições que ferem a constituição: negros, pobres, desempregados, idosos, presidiários, prostitutas, soropositivos, deficientes, etc.

Conclusão:

* Apesar da supremacia da Federação Russa, em relação a CEI, a situação econômica não pode ser considerada estável. O desemprego é elevado, existe um mercado clandestino (máfias) e as privatizações encontram-se em um ritmo muito lento. Além disso, a agropecuária decaiu, e os investimentos estrangeiros têm sido modestos em razão do quadro de instabilidade política e econômica.

* As três nações bálticas (Estônia, Letônia e Lituânia) nunca integraram o bloco, pois esses países pretendiam se aproximar da União Europeia (UE) e se distanciarem das repúblicas da antiga União Soviética. Além deles, a Geórgia desligou-se do grupo em 2009. Portanto, atualmente a CEI é integrada por 11 nações.

* com o fim da URSS e consequente autonomia das 15 repúblicas, houve a necessidade da formação de um bloco entre os países, visto que durante décadas eles compartilharam uma política comum, um governo central e forças armadas unificadas. Portanto, foi nesse cenário que a Comunidade dos Estados Independentes (CEI) foi criada.